INTOLERÂNCIA À LACTOSE

A intolerância à lactose é uma intolerância alimentar, em que o açúcar do leite (lactose) produz sintomas. No Brasil, 60 a 80% da população têm intolerância à lactose, especialmente no sul do país. Muitas vezes é erroneamente considerado ter alergia ao leite (a alergia é pela proteína e não pelo açúcar do leite).

A lactose é digerida no intestino delgado pela enzima chamada lactase e transformada como uma substância de energia no sangue. Para aqueles que têm uma intolerância à lactose, esta enzima não é produzida ou não é suficiente, e a lactose passa para o intestino grosso sem ser digerida. A lactose não digerida é fermentada pelas bactérias intestinais existentes, o que causa gases de fermentação. Estes gases levam a evacuações aumentadas e podem desencadear desconforto como inchaço, náusea, dor abdominal, cólica abdominal, distensão abdominal e diarréia.

Muitos suspeitam da intolerância à lactose quando melhoram os sintomas restringindo alimentos que contenham lactose na dieta. Usando um teste de respiração do hidrogênio, o diagnóstico de intolerância à lactose é preciso. Para este efeito, o ar expirado é examinado várias vezes depois de tomar a lactose dissolvida em água para assegurar a quantidade de intolerância à lactose. É um método seguro e leva cerca de três horas. Outro método que é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e por alguns convênios, o paciente recebe uma dose de lactose em jejum e são colhidas amostras de sangue que indicam os níveis de glicose. Dura em torno de 2 horas. Recentemente, também é possível identificar o defeito genético por testes de DNA usando métodos específicos (PCR).

Existem diferentes formas de intolerância à lactose:

1) A deficiência completa de lactase congênita é muito rara. Desde o nascimento, não há lactase ativa, de forma que nenhuma lactose pode ser utilizada.

2) A inata (primária). É a forma mais comum e aumenta com a idade. A causa é uma deficiência genética da enzima lactase, que se torna evidente ao longo da vida.

3) Adquirida (secundária). A intolerância à lactose ocorre como uma conseqüência de outra doença subjacente por processos inflamatórios na mucosa intestinal (por exemplo: doença de Crohn, doença celíaca). Se a doença de base for tratada com sucesso, a regressão de intolerância à lactose é possível.

O tratamento da intolerância à lactose requer uma dieta diminuída ou livre de lactose. A tolerância é individual. Uma dieta pode conter no máximo 1 g de lactose / dia (ex: uma colher de sopa de queijo cottage), bem como considerada de baixo teor de lactose uma dieta de, no máximo, 8-10 g de lactose / dia (ex: um copo de leite de vaca).

A lactose, no entanto, não é apenas contida no leite e produtos lácteos, mas também em:

Chocolate, produtos nougat, sorvete de leite;

Pratos prontos, misturas prontas (por ex: purê de batatas, misturas para bolos);
Salsicha e produtos de carne (por ex: preparados lingüiça, patê de fígado);
Cobertura de doces, geralmente nos pães e bolos (geralmente brilhantes);
Algumas misturas de especiarias;

Margarina;

Muitos medicamentos, cremes dentais, adoçantes em pó.

Há casos em que o açúcar do leite não necessita de ser declarado nos ingredientes. Em alguns países já há legislação para que a lactose seja de declaração obrigatória nos ingredientes alimentares.

A maioria dos produtores de alimentos sem lactose já informa que seus produtos são livres de lactose e vários supermercados já oferecem muitos destes produtos.

Também é aconselhável obter conselhos de um nutricionista. A intolerância à lactose não leva a deficiências nutricionais, se uma dieta equilibrada e saudável. Deve-se ter particular atenção a uma oferta adequada de cálcio. Se pequenas quantidades de lactose forem toleradas, o fornecimento de cálcio pode através da ingestão de produtos lácteos de baixo teor de lactose, como queijos tilsiter, brie, camembert, ou mesmo sem lactose como o emmental.

Se você não tolera lactose alguma, pode ajudar as preparações enzimáticas contendo lactase. Mediante receita médica podem ser preparadas em farmácia de manipulação e estão disponíveis sem receita médica em farmácias e em lojas de alimentos saudáveis. A quantidade destes suplementos, no entanto, é individualmente diferente.

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